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SDA discute inserção de pescadores no Programa de Aquisição de Alimentos

A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) realizou oficina de diálogos com pescadores e movimentos representativos para escuta e construção de uma proposta de inclusão de pescados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), nesta segunda-feira (27), em Fortaleza. A ação intersetorial coordenada pela SDA contou com a participação da diretora de Inclusão Produtiva e Inovações da Secretaria Nacional da Pesca do Ministério da Pesca e da Agricultura, Natália Tavares, e da coordenadora geral de Assistência Técnica e Extensão Pesqueira da secretaria, Martilene Rodrigues.

Participaram da reunião as coordenadorias de Desenvolvimento Territorial, Cooperativismo, Comercialização e Economia Solidária (Codece) e de Desenvolvimento dos Assentamentos, Reassentamentos, Povos e Comunidades Tradicionais (Codea), assim como pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural (CEDR).

A Secretaria de Pesca Artesanal selecionou alguns estados para começar a iniciativa de maior inclusão do pescado nas compras institucionais. O objetivo é potencializar as cadeias produtivas dos territórios e das comunidades tradicionais pesqueiras, por meio do fortalecimento da estrutura para a entrega de pescado artesanal nas compras institucionais.

“Conhecemos as comunidades e sabemos da riqueza e da diversidade das comunidades pesqueiras artesanais aqui do Ceará, tanto no litoral, na zona costeira, mas também no sertão, no interior. Sabemos do valor da produção e da qualidade do pescado artesanal produzido por essas comunidades, que sustentam seu modo de vida, a economia, o saber fazer e a cultura”, afirmou Natália Tavares.

Participaram da ação pescadores do mar, estuários e açudes de municípios cearenses como Trairi, Fortim, Aquiraz, Aracati, Parambu, Cascavel e Beberibe. O Ministério da Pesca e da Agricultura (MPA) iniciou um diálogo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) sobre a proposição de uma maior inclusão do pescado no Programa de Aquisição de Alimentos.

Em todo o Brasil, 200 propostas incluem o pescado. “Nesta oficina, estamos realizando um diagnóstico a partir dos grupos divididos em pescadores de mar, estuário e açudes para sistematizar o volume e funcionamento de suas produções, além de entender qual a estrutura que eles dispõem e qual gostariam de ter. A partir disso, construiremos uma proposta que inclua mais o pescado na alimentação das pessoas em situação de vulnerabilidade”, explicou a titular da Codece, Regma Queiroz.

Também estiveram presentes a Secretaria Estadual da Pesca e Aquicultura (Seapa), a Federação de Pescadores do Ceará, o Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem), a Articulação Nacional das Pescadoras, o Instituto Terramar e representações de colônias de pescadores.